Dois dias sem postar e as visitas começam a diminuir. Mas estou de volta para falar de dois filmes que vi recentemente. Na última sexta-feira (16), assiti pela TV Cultura o elogiado "Durval Discos" (dir. Anna Muylaer, Brasil, 2002). Na abertura a câmera passeia pela rua e entra nos lugares. Os créditos aparecem em placas e letreiros. Inventivo e um convite a ficar no sofá.
O longa-metragem começa com uma imagem da fachada da loja que dá nome ao filme. O protagonista e dono do estabelimento (Ary França), com um cabelo grande e alvoroçado, aparece. Depois a espevitada Elisabeth (Marisa Orth) entra para fumar um cigarro.
Dona Carmita(Etty Fraser), a mãe de Durval, não sabe cozinhar e o filho quer que ela contrate uma empregada. O salário: 100 reais. Célia (Letícia Sabatella) aceita, mas some e deixa uma menina escondida no quarto. Depois saberemos que a falsa doméstica é uma sequestradora.
A película, então, ganha contornos estranhos, com passagens surreais, como a cena em que Kiki (Isabela Guasco) anda de triciclo pela casa, numa referência à "O Iluminado", de Stanley Kubrick.
O que parecia ser um filme sobre vinil se torna uma obra surrealista, com um fim tragicodramático.
Destaque negativo para o uso abusivo da trilha musical, semelhante ao que fez Cameron Crowe em "Vanilla Sky" (2001). Apesar de ser de ótima qualidade e de priorizar a música brasileira.
O outro filme que vi, este no cinema, foi "Sete Vidas" (Seven Pounds, EUA, 2008), de Gabriele Muccino, mesmo diretor de "À Procura da Felicidade" e com Will Smith.
Mais um filme estranho, porém cativante. Durante todo o decurso, a obra se mantém uniforme. Ao fundo, um bluesinho harmonioso.
A história não se revela fácil. Vamos descobrindo ao poucos a missão daquele homem que ajuda pessoas desconhecidas.
Até que o amor aparece. De uma forma natural.
Atualizado às 17:59 com a mudança do título da postagem.